Honório Lemes da Silva,
O Leão do Caverá
Dia 13 deste mês de abril o jornal semanário canoense “O timoneiro” divulgou mais um artigo do meu amigo Olegar Lopes, responsável pela coluna “Agenda Tradicionalista”. Desta feita Olegar trouxe mais um tema importante da nossa história político/militar, o caudilhismo. Os caudilhos eram indivíduos influentes em uma determinada região e até em todo o Estado. Geralmente estancieiros ou fazendeiros. Nem todos os caudilhos eram homens ricos. Também na Argentina e Uruguai o caudilhismo teve grande influência nos rumos da política e nas revoluções internas ou guerras de fronteiras.
Aproveito o momento para divulgar um resumo do texto que venho desenvolvendo sobre o grande caudilho Honório Lemes, o “Leão do Caverá”, título que lhe foi dado em função do grande conhecimento que tinha da Serra do Caverá, situada entre os municípios de Rosário do Sul e Alegrete.
Estive há pouco tempo na cidade de Rosário do Sul, onde estão sepultados os restos mortais de Honório Lemes.
Honório Lemes nasceu em Cachoeira do Sul em 23 de setembro de 1864 e morreu em Santana do Livramento em 30 de setembro de 1930. Ingressou como simples soldado nas fileiras revolucionárias, chegando ao posto de coronel, mais tarde, o de general. Sem grandes posses materiais e com pouca instrução, participou da Revolução Federalista de 1893 a 1895, voltou às armas, desta feita contra Borges de Medeiros, outro caudilho, liderando os maragatos na região oeste do Estado do Rio Grande do Sul, tendo como base a Serra do Caverá, que foi o santuário do caudilho, e justamente apelidado de “O Leão do Caverá” e “Tropeiro da Liberdade”.
Em 1924, apoiou a sublevação tenentista nos quartéis do exército no interior do Rio Grande do Sul, entre eles a da guarnição de Santo Ângelo, liderada por Luís Carlos Prestes. O Tropeiro da Liberdade, Honório Lemes, em sua poesia “O Testamento”, escreveu a certa altura: “Se pretendem me entregar a minha cortante espada podem dar ao camarada General Flores da Cunha que me pegou quase a unha e não quis me fazer nada.”
“Em todos os partidos há homens bons e maus. Os bons são em maior número, mas os maus são mais audaciosos e por isso andam sempre na frente, sendo necessário cortar-lhes a ação...”.
Honório Lemes terminou seus dias como posteiro na Estância Santa Ambrozina, em Rosário do Sul. Quando sentiu-se doente foi levado para o distrito de Pampeiro, em Livramento, para a residência de seu sogro Fulgêncio Silveira, onde veio morrer. Seu corpo foi levado para sepultamento em Rosário do Sul, cidade onde residiu por muito tempo.
Honório Lemes, chefe militar da Revolução de 1923
Honório Lemes e seus oficiais, 1923
Chefe do Estado-Maior Libertador,
General Honório Lemes, em Dom Pedrito, 1923
Da esquerda - Mena Barreto, Batista Luzardo,
Leonel da Rocha, ´Honório Lemes, Assis Brazil, Cel. Setembrino de Carvalho,
Pinheiro Machado, Gal. Zeca Netto, Gal. Felipe Portinho e Estácio Azambuja
Honório Lemes
Honório Lemes com grupo de oficiais
Honório Lemes, Zeca Netto, Estácio Azambuja, Felipe Portinho, entre outros
Honório Lemes da Silva
Placa no monumento a Honório Lemes, em Rosário do Sul, RS
Monumento a Honório Lemes em Rosário do Sul, RS
Capa do livro - Honório Lemes, um líder carismático
Meu interesse deve-se ao fato de meu pai, Pery Claverie da Silva Rosa, sempre relembrar seus momentos de lutas sob o comando de Honório Lemes, na região da Serra do Caverá!
ResponderExcluirGostaria de encontrar fotos e dados sobre meu pai, Pery Claverie da Silva Rosa.
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