quarta-feira, 30 de junho de 2021

 


Walter Galvani (1934-2021)

Texto de Dari J. Simi

Faleceu hoje ( 29.06.2021) aos 87 anos,  o grande escritor e jornalista canoense Walter Galvani , vítima de parada cardíaca.

A obra que Walter Galvani nos deixa é imensa, relacionamos aqui apenas alguns dados biográficos e os livros que publicou. Entre suas obras destaco o livro “Um Século de Poder – os bastidores da Caldas Júnior”. Excelente trabalho de história da grande empresa jornalística gaúcha onde Galvani viveu grande parte de sua vida.

 Walter Galvani da Silveira nasceu em Canoas a 6 de maio de 1934.  Filho de Álvaro Cândido da Silveira e Julieta Galvani da Silveira. Jornalista, cronista e romancista. Pseudônimos: Hilário Honório e Interino. Estudou no Externato São Luís, hoje Unilasalle, onde ajudou a fundar o Grêmio Literário, juntamente com Túlio Medina Martins e Antonio  Canabarro Tróis Filho.  Fundaram também o jornal “Ecos de São Luís”, onde os alunos do Grêmio Literário publicavam suas crônicas e poemas.  Em 1954,  o mesmo grupo de amigos fundou o semanário Expressão , que durou apenas um ano. Em 1955, Galvani vai para o Correio do Povo, órgão da Empresa Jornalística Caldas Júnior, onde atuou até 1958, quando, é transferido para a Folha da Tarde, jornal da mesma empresa.  Nesta, exerceu os cargos de secretário e diretor de redação. Escreveu  “Sua Alteza”, o Esporte, coluna diária na seção de esportes da Folha da Tarde, entre os anos de 1963 a 1965 e “Área Verde”, crônicas diárias, no mesmo jornal, a partir de 1969. Galvani sempre colaborou  com jornais canoenses, mesmo atuando na imprensa da capital. Em 1982, recebeu a “Medalha Pinto Bandeira”, por seus relevantes serviços prestados à comunidade canoense, na defesa dos interesses do Município. No dia 20 de julho de 1983, no 5º COMAR, recebeu a medalha “Mérito Santos Dumont”  pelo seu trabalho jornalístico iniciado em Canoas. Em 1984, quando a Caldas Junior fecha suas portas, transfere-se para a Rádio Pampa. Colaborou para o jornal “Clarim” de Buenos Aires. Possui o curso de “Jornalismo Avançado”, realizado nos EUA.  É membro da Associação de Amigos da Casa de Cultura Mário Quintana. Comanda o programa Espaço Aberto pela Rádio Guaíba. Cidadão Emérito de Porto Alegre. Membro da Academia Rio-grandense de Letras. Foi patrono da X Feira do Livro de Canoas, realizada de 1º a 15 de junho de 1994. Membro da Academia Rio-Grandense  de Letras, cadeira nº25.

Bibliografia:

Realismo no cinema italiano de após-guerra. Porto Alegre: Expressão (impresso na Tipografia  Imperial de Canoas), 1950. 8p.  Trabalho em parceria com E. M. Santos.  (1º da série “Cadernos Expressão”).  Organizado para um ciclo de exibições de filmes italianos de após-guerra, nos Clubes de cinema de Porto Alegre e Clube de cinema Alberto Cavalcanti, do Círculo de arte de Canoas, para o qual foram publicados mais os seguintes cadernos, pela  Expressão:  “O Cinema de Cavalcanti”, por Archibaldo C. Neves; E. M. Santos e J. M. Gomes de Mattos.  “Cinema brasileiro”. Palestras de Alberto Cavalcanti e Alex Viany no Clube de cinema de Porto Alegre. “A obra americana de Robert Siodmak”, por Antônio Canabarro Tróis Filho e E. M. Santos.  Cinema russo, por Plínio Morais;  Brasil por linhas tortas. Crônicas. Porto Alegre: Sulina, 1970. 131p.  A 2ª edição foi publicada em 1971, 131p., mesma editora;  Informação ou...morte. Reportagens. Porto Alegre: Sulina, 1972. 270p.; Andanças e contradanças.  Crônicas. Canoas: La Salle, 1974. 111p.;  As bandeiras dos pioneiros.  Câmara de Indústria e Comércio de Canoas, edição comemorativa - Gestão 1989/1993. 24 maio 1993; A noite do quebra-quebra. Romance. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993; Um século de poder - os bastidores da Caldas Júnior. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1994. História da Empresa Jornalística Caldas Júnior recolhida de depoimentos, testemunhas, documentos e coleções de jornais da empresa.  A 2ª edição saiu em março de 1995 pela mesma editora;  República de opereta. Crônica. Jornal “O Momento”, Canoas, 3 mar 1956.  Reeditada em “Cronistas de ontem e de hoje-2”. Canoas: Tróis Editor, 1995, p.17-19; Um breve verão. Crônica. Correio do Povo, Porto Alegre, 18 nov. 1973.  Reeditada em “Os vizinhos e os exilados”, antologia. Canoas: Tróis Editor, 1994, p.30; A menina da foto. Crônica. In “Os vizinhos e os exilados”, antologia. Canoas: Tróis Editor, 1994, p.31.  A mesma crônica encontra-se no livro do autor, “Andanças e contradanças”;  Olha a folha - amor, traição e morte de um jornal. Porto Alegre:  Sulina, 1996. 200p.;  Nau capitânia - Pedro Álvares Cabral, como e com quem começamos. Biografia. Rio de Janeiro: Record, 1999. A obra já está na 5ª edição e foi lançada em Belmonte, Portugal, pela Editora Gradiva de Lisboa. Anacoluto do princípio ao fim, 2003; A feira da gente, 2004; Crônica: o vôo da palavra,2004. ( Dados extraídos do meu livro Intelectuais Canoenses)

 

Livro Um Século de Poder


 

A história da Capa Ideal ou Capa Renner

Por Dari J. Simi

 

Com esse friozão somente a capa Renner prá suportar o minuano. Para o conhecimento dos amigos, trago aqui um resumo da história da capa Ideal, também chamada de poncho.

 Essa resiste mesmo a todas as intempéries.

  Antônio Jacob Renner, de descendência alemã, quando jovem, foi aprendiz de ourives na joalheria Foernges, e também percorreu as veredas da serra gaúcha como caixeiro viajante por 4 anos. Nessas andanças, percebe a necessidade de mudança no vestuário diante das intempéries climáticas. O tradicional “Poncho” espécie de manta de lã usada pelos viajantes gaúchos, que não garantia o abrigo desejado em tempos de vento e chuva. Seu ideal: desenvolver um abrigo eficiente.

     Já com algumas ideias sobre a necessidade de desenvolver novos produtos, decide abrir em 1911, com outros dois sócios, uma pequena fabrica têxtil em um velho galpão de tropeiros em São Sebastião do Caí.

     Contudo, após o primeiro ano de funcionamento, foi necessário reformular o conceito inicial devido às grandes dificuldades da pequena fábrica, dentre elas o maquinário precário para a época, com teares de madeira. É então que percebe a necessidade de não apenas tecer os fios como também fiar. Surge a primeira inovação da empresa, a aquisição de dois teares mecânicos.

Nesse período A.J. Renner montou um pequeno laboratório para realizar experiências com tinturaria, tecelagem e filtragem, em que tinha como objetivo desenvolver um tecido impermeável. Sua ideia era desenvolver um produto diferenciado e mais eficiente do que o tradicional “Poncho”, algo como uma capa redonda de abotoar na frente, com aberturas laterais para a passagem das mãos, feita de tecido relativamente leve e impermeabilizado, com forro igualmente impermeável nos ombros e nos joelhos, que eram as partes mais expostas à infiltração da água da chuva naquela peça do vestuário gaúcho.

    Adaptou uma máquina de costura em que procurava reproduzir os movimentos realizados durante a cavalgada, colocou também um chuveiro em cima da máquina de costura para observar a penetração da água. A partir desses inúmeros testes desenvolveu a modelagem e o tecido para o que viria a ser um produto revolucionário na vestimenta dos gaúchos, a capa “IDEAL”, que foi oficialmente lançada em 1913.

A partir daí a razão social foi mudada para A.J. RENNER & CIA. Por volta de 1916 a Capa Ideal já estava consolidada no mercado, e foi totalmente adotada pelos gaúchos. No ano de 1977, o grupo Têxtil Vicunha se associou a Renner, e juntos criam a Têxtil RV. A Vicunha fornecia a matéria prima e a Renner fabricava os produtos. A empresa encerrou as atividades com a Capa Ideal em 1994. (Texto adaptado do blog do meu amigo Fogaça)

 










Lindolfo Collor, avô do ex-presidente

 Fernando Collor de Melo





Revolução de 1923, RS





































segunda-feira, 28 de junho de 2021


A EDITORA VECCHI

Texto de Dari J. Simi

 Ainda está por ser feita uma “História das Editoras Brasileiras”de literatura de massa. Cada volume contaria a história de uma das numerosas editoras que criaram não só o nosso mercado livreiro, mas também a nossa própria literatura.  Nada mais justo do que registrar para a História a atividade humilde e subterrânea daquela meia dúzia de sujeitos idealistas que enfiaram a mão no bolso e custearam a publicação de prosadores desconhecidos e poetas anônimos.
Uma editora pela qual tenho um apreço especial é a Editora Vecchi, fonte inesgotável de livros de aventuras . Ficava à Rua do Resende, nº 144, no Rio de Janeiro, e entre as décadas de 1950-1960 produziu dezenas de títulos. Seu carro-chefe, pelo menos do meu ponto de vista, era a coleção dos romances policiais . Outras coleções também eram muito apreciadas, como, “Os Maiores Êxitos da Tela”, com as obras originais de filmes de sucesso: O corcunda de Notre Dame com Gina Lollobrigida na capa, Anastácia com Ingrid Bergman e Yul Brynner, Sissi com Horst Bucholz e Romy Schneider, além de A Dama das CaméliasManon Lescaut e o Joana D´Arc de Jules Michelet. Tinha também a coleção “Os Audazes”, que publicou inúmeros faroestes dos autores americanos Archie Joscelyn, Johnston McCulley, Max Brand e James Fenimore Cooper. Na mesma coleção , “Os Audazes”, a Vecchi publicou clássicos  romances de aventuras de  Rafael Sabatini (O Cisne Negro) e Mark Twain (As aventuras de Huck), além das vidas de Robin Hood e Buffalo Bill.
Uma das melhores coisas da Vecchi eram as suas artísticas sobrecapas em cores, do pintor Nils. No melhor estilo das capas dos “pulp magazines” americanos, Nils preenchia a capa inteira com ilustrações em cores berrantes, cheias de movimento, com vários rostos e grupos de pessoas em planos superpostos, num estilo celebrizado depois pelo ilustrador Benício. A capa do livro parecia um poster de filme, e era cortada por frases como “Eletrizante aventura de Arsène Lupin”. A Vecchi marcou um período de transição da literatura de massas no Brasil, quando as novelas de entretenimento para consumo popular começaram a migrar das revistas mensais ou quinzenais e de quadrinhos, e a invadir o espaço nobre dos livros. A Vecchi tem uma  história fascinante, que merece e precisa ser contada.

Para ilustrar este artigo, adicionei 4 fotos de livros de minha coleção, todos publicados pela Editora  Vecchi. 












sexta-feira, 25 de junho de 2021






COMENDADOR EDUARDO SECCO

Pesquisa de Dari J. Simi

Comendador é um título de honra oferecido por alguma autoridade a pessoas que se destacam  em alguma atividade comercial, política, religiosa ou militar.

Recentemente adquiri  para a minha coleção uma antiga placa esmaltada  da rua Comendador Eduardo Secco. A rua localiza-se no Jardim Carvalho, em Porto Alegre.  Logo procurei saber quem foi o  Comendador Eduardo Seco.  Empresário do ramo de ferramentas, fundador da firma Secco & Cia., no ano de 1895. Situava-se na rua Voluntário da Pátria, centro de Porto Alegre. Esse nome eu já havia visto no blog do meu amigo Mateus Fogaça , especialista em facas antigas do Rio Grande do Sul, que a Secco também vendia, foi onde consegui algumas fotos da firma comercial.  Outro achado, para reconstruir a história do Comendador, foi num exemplar da Revista do Globo, edição de  23.06.1945, artigo comemorativo do cinqüentenário da  casa Secco,  aí  encontrei um pequeno resumo histórico da casa Secco & Cia.  e algumas fotos.

Resumo do artigo da Revista do Globo escrito por ocasião das comemorações do cinquentenário da Casa Secco:

“A firma Secco & Cia Ltda., foi fundada pelos srs. Eduardo Secco e João da Cruz Secco, sendo gerente o Sr. Leopoldo Lemmertz. A princípio a nova casa se dedicou ao ramo de couros e produtos  farmacêuticos, o que explorou até a retirada do sócio João da Cruz Secco, em 1901. Com a admissão de um novo sócio, o Sr. Leopoldo Lemmertz,  o negócio de ferramentas  absorveu o comércio que até então vinha senso feito.  Em 1910 entrou para a firma o Sr. Carlos Julio Edmundo Eichemberg. Em 1923 anexou-se ao estabelecimento uma secção de ferros.  Um ano mais tarde entrou outro sócio: o Sr. Eduardo Secco Jr. Finalmente com o falecimento do Comendador Eduardo Secco (1923), passou a figurar no quadro social da firma a  esma.  Sra  d.  Maria Carolina Jung Secco, ficando como sócios somente os srs.  Carlos Julio Edmundo Eichemberg e o dr.  Eduardo Secco Jr.  Secco & Cia. Ltda. , atualmente explora os ramos de ferros, ferramentas, materiais de construção e tintas, contando com uma completa secção de adubos destinados a todas as culturas , além de fabricar os afamados  produtos Vitória.” (Revista do Globo, 23.06.1945)

A casa Secco não existe mais, foi uma  grande  empresa comercial que atuou no ramo de ferramentas gerais em Porto Alegre.  O Comendador faleceu em 1923 e seus familiares tocaram a firma por mais alguns anos. Não consegui a data do encerramento da firma.

No município de Sertão Santana existe a Escola Estadual de Ensino Médio Comendador Eduardo Secco.  Foi naquele município gaúcho que o Comendador Eduardo Secco vendeu  suas terras para imigrantes alemães e organizou a demarcação das mesmas, iniciando ,assim, a  colonização da área, em 1892, pouco antes da fundação da sua casa comercial em Porto Alegre.  Esses são os poucos dados que consegui  sobre a história do comerciante Eduardo Secco.




O Comendador Eduardo Secco é o da foto do meio




Interior da Casa Secco







Tesoura de tosquia























 

quarta-feira, 23 de junho de 2021

 MINHA FAMÍLIA DE IMIGRANTES ITALIANOS

EM ANTIGA FOTOGRAFIA

 

Falar em retratos velhos

É um erro que cometemos

Os retratos não envelhecem

Nós é que envelhecemos.

  Pesquisa de Dari J. Simi

PIETRO DELLA GIUSTINA -  Nascido em 1838 no Município de Vittorio em Saravalle, Itália , paróquia de Santa Maria.  O pároco se chamava Dom Giuseppe Dalcin . Morou em Treviso. Era filho de Giovanni Della Giustina e Apollonia Tollot. Casado na Itália com   Giovanna D'Assie , nascida a 06-02-1841; filha de Domenico D’Assie e Maria Zanetti.  Falecida na década de 1880, no Brasil, com mais de 40 anos de idade.  Pietro veio para o Brasil no dia 31 de maio de 1879 com esposa e filhos e fixou residência em linha 7,  Silveira Martins, quinto distrito de Santa Maria,RS.  Pertencia à paróquia de Arroio Grande. Naquela época, para viajar era necessário atestado de boa conduta, que recebeu em 1879, conforme documento nº 83 do município de Vittorio, Itália. Recebeu  também um documento fornecido pela igreja com o seu nome, da sua esposa e de seus filhos onde consta a data de nascimento de cada um. Documento escrito em Saravalle, Vittorio, no dia 31 de março de 1879.” Pietro faleceu em 17-11-1899 em Silveira Martins, RS, aos 61 anos de idade. 

Minha avó Lúcia Della Giustina nasceu em  24/06/1883 em Arroio Grande, RS, Linha 7 Sul,  localidade que pertencia à 4ª Colônia de Silveira Martins, e falecida a 28/6/1951. Era filha de Pietro Della Giustina e Joana D'Assie  Della Giustina.   Casada com meu avô Silvio Brocardo, pais de minha mãe.

Na fotografia do final do século XIX, tirada pelo ritratistae Antonio Dal Forno: filhos, noras e netos de Pietro. Minha avó Lúcia é a primeira da esquerda. Minha bisavó Giovanna d’Assie não está na foto, já era falecida.

Mais informações sobre essa família e outros imigrantes italianos, ver no meu blog O POVO DO SUL.

Foto original do acervo de Dari J. Simi


Cópia da foto original



25 anos da 1ª CANOA DO CANTO NATIVO

 

O festival  de música nativista “1ª Canoa do Canto Nativo”, está completando hoje, (20 de junho de 2021)  25 anos. Ocorreu entre os dias 20 e 23 de junho de 1996, nas dependências do ginásio de esportes do Canoas Tênis Clube.

Na ocasião redigi um texto (ver foto) detalhando os nomes da comissão julgadora, das músicas vencedoras e de seus intérpretes. Participaram, ainda, como convidados os músicos Cesar Passarinho, Mano Lima, Leonardo (Jader Murici Teixeira), Fátima Gimenez, Wilson Paim, Luiz Carlos Borges, Délcio Tavares, João de Almeida Neto, Rui Biriva, Cajarana (José Leonir Padilha Cajarana) com a música “Cantor Canoeiro”, conquistou o título de canção mais popular do festival.

O  jornal Diário de Canoas publicou um suplemento contendo as letras de todas as músicas apresentadas no festival. Também foi feito um CD com as músicas vencedoras. (ver fotos).




























 

quarta-feira, 16 de junho de 2021

 Primeira estrada de ferro do Rio Grande do Sul

Separei um conjunto de fotografias antigas relacionadas à primeira estrada de ferro construída no Rio Grande do Sul, inaugurada em 1874, com 34 Km, ligava Porto Alegre com a cidade de São Leopoldo. A concessão para a construção da ferrovia foi dada ao inglês John Mac Genity (ver a 1ª foto). Em 1876 foi inaugurado o prolongamento até Novo Hamburgo. Algumas estações não existem mais. O mesmo trajeto, hoje é percorrido pelo Trensurb, que vai até Novo Hamburgo. Algumas fotos consegui no Museu do Trem de São Leopoldo, outras no Museu Histórico de Canoas e algumas são do meu acervo particular.