CLARINDA DA COSTA
SIQUEIRA (1818-1867)
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Poetas
do Passado Rio-Grandense
Poetisa. Natural de Rio Grande, RS, onde nasceu a 26 de dezembro de 1818 e
faleceu na mesma cidade em 27 de outubro de 1867.
Pouco se sabe sobre a biografia de Clarinda da Costa Siqueira. Seu único livro, póstumo, “Poesias”, (Pelotas, Livraria Americana, 1881). Contem, além das poesias da autora, uma necrologia escrita por Antônio Joaquim Caetano da Silva Junior e uma
homenagem à autora, escrita por Carlos von Koseritz. Fazem referência ao livro Guilhermino Cesar,
Sacramento Blake, Mário Osório Magalhães e Rita Scmidt.
Clarinda foi engeitada por sua mãe e criada por Leonarda Joaquina dos Passos e Maria das Dores Passos. Casou-se,
aos 17 anos, com José da Costa Siqueira. No mesmo dia do casamento Clarinda
caiu enferma gravemente, declara em sua necrologia Antônio Joaquim. Também Koseritz refere-se à doença da
poetisa, e nada mais se sabe sobre o assunto.
Nota – Colimério
Leite de Faria Pinto escreveu – Traços
biográficos de Clarinda da Costa Siqueira.
(ver Guilhermino Cesar, Hist. da Literatura do RS, p.311)
Bibliografia
BLAKE, Augusto
Victorino Alves do Sacramento. Dicionário bibliographico brasileiro. Rio
de Janeiro: Imprensa Nacional, 1900. Reimpressão fac-símile, 1970.
CÉSAR,
Guilhermino. História da literatura do Rio Grande do Sul. (1773 – 1902).
Porto Alegre: Globo, [s.d.]
MAGALHÃES, Mário
Osório. Opulência e cultura na Província de São Pedro do Rio Grande do Sul:
um estudo sobre a história de Pelotas (1860-1890). Pelotas: EDUFPel, 1993.
MUZART, Zahide
Lupinacci. Escritoras brasileiras do século XIX. Florianópolis:
Mulheres, 2000.
Referências
*Cartas de
Liberdade (Internet, em PDF)
*Jornal Eco do
Sul, 30 de outubro de 1857, nº 247, ano 13
*Jornal O
Comercial, 27 de novembro de 1867, nº 273, ano 11
Grande parte de suas poesias encontram-se ainda esparsas em
jornais e almanaques do século XIX.
A UM ATOR
Se a virtude não guia um gênio raro,
O vício ofusca do talento o brilho.
A virtude, unida ao gênio, o gênio
eleva,
O vício, unido ao gênio, avilta e
mata.
(Frederico
Ernesto Estrella de Villeroy. Selecta
Nacional ou trechos escolhidos de diversos autores nacionaes. Pelotas:Livraria Americana, 1883, p.262.
SONETO
Tristes sombras
da noite, eu vos desejo!
Só no centro do
vosso abismo escuro
É que acharei
descanso o mais seguro.
É ele o único
alivio que eu elejo.
Adiantar-me para
vós é o que almejo;
Meditando em
minha vida horas aturo,
Como um ente
desgraçado me afiguro!
Só na morte é que
o meu descanso vejo.
Porém não, cruel
desgraça, não, não pares,
Podes ainda
empregar a tirania
Nos mortais
restos que de mim achares;
Podes ainda
ultrajar-me a cinza fria,
Calcando-a bem
aos pés, e então clamares:
<< Em tua
vida assim eu te trazia! >>
Feito de improviso,
aos 14 anos de idade, em um jardim.
(Do livro de Clarinda - "Poesias", Pelotas:Livraria
Americana, 1881.)
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