quinta-feira, 21 de novembro de 2013

JOSÉ JOAQUIM DOS SANTOS FERREIRA
                  

Pesquisa:  Dari José Simi

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Imagem do arquivo de Dari José Simi

José Joaquim dos Santos Ferreira nasceu em Portugal a 12 de setembro de 1801, em Vila de Chaves, província portuguesa de Trás-os-Montes.  Aos 13 anos, desembarcou em Porto Alegre, onde residiu por pouco tempo. Viajou para a Província do Maranhão, onde passou alguns anos exercendo a atividade de caixeiro-viajante. Regressando novamente ao Rio Grande do Sul ajudou a fundar o Banco da Província, em reunião realizada a 6 de abril de 1854, na residência de José Luís Cardoso de Sales, onde estiveram presentes, José Joaquim dos Santos Ferreira,  Antero Henrique da Silveira, José Dias de Souza, José Inocêncio Pereira, José Pedro Alves, Joaquim Mendes Ribeiro, William Macrae, Mac Gahen, José Hebert, Manoel Soares Lisboa e José Domingos dos Santos.  Foi aí deliberado redigir uma exposição acerca dos motivos e vantagens da iniciativa, a ser lida em reunião ulterior, para a qual se convidaria maior número de possíveis interessados.  Coube o encargo de redigir a exposição a José Joaquim dos Santos Ferreira, que dele se desincumbiu.
A 30 de abril de 1854, em assembléia destinada a tornar-se histórica, foi resolvida a fundação do estabelecimento de crédito que viria a ser o Banco da Província do Rio Grande do Sul. O banco só veio a ser fundado oficialmente em 1858.


No ano de 1838, José Joaquim dos Santos Ferreira casou-se com Maria Luiza da Silva Freire e foi através dela que se ligou a Canoas. Maria Luiza era filha de Vicente Ferrer da Silva Freire e Rafaela Pinto Bandeira, proprietários da Fazenda do Gravataí.  Santos Ferreira tomou posse destas terras por direito de herança de sua esposa em 1861. Entre 1861 e 1879, data de sua morte, residiu no Passo do Gravataí, próximo ao Arroio da Brigadeira.  Existem muitos documentos  “assinados” pela Câmara Municipal de Porto Alegre e por Santos Ferreira, o qual explorava “passagens do Passo do Gravataí”, local que dava acesso à Estrada da Aldeia  (Aldeia dos anjos, atual Gravataí).
O casal teve 13 filhos:  Ana dos Santos Ferreira, nascida em 1839, casada com Dr. Justo de Azambuja Rangel;  Josefa Eulália dos Santos Ferreira, nascida em 1840, casada com Augusto Batista Pereira, filho do Barão do Gravataí; Maria Luiza Ferreira, nascida em 1842, casada com José Silveira Neto; Leonor Ferreira, nascida em 1844 e falecida em 1926, casada em primeiras núpcias em 1863 com José de Souza e Silva Filho. Casou em segundas núpcias com Manoel Gomes Ribeiro; Elisa dos Santos Ferreira, nascida em 1845, casada em 1862 com João de Assis Pereira Rocha;  Clara dos Santos Ferreira, nascida em 1846, casada com Boaventura Augusto dos Reis, viúvo de Amélia dos Santos Ferreira;  Amélia dos Santos Ferreira, nascida em 1847 e falecida em 1866, casada com Boaventura Augusto dos Reis, em 1864;  José dos Santos Ferreira, nascido em 1849, casado com Flora de Lima; Álvaro dos Santos Ferreira, nascido em 1854 e falecido em 1864;  Alberto Virgilio Ferreira, nascido em 1855, casado com Dorotéia Davina Chagas; Pedro dos Santos Ferreira, nascido em 1859;  Rafael Pinto Bandeira Ferreira, nascido em 1862 e falecido em 1939, casado com Honorina Úrsula de Souza Feijó, em 1883;  Olavo Plácido Ferreira, nascido em 1864 e falecido em 1940, casado com Maria Thompson dos Reis, nascida em 1873, filha do General José Salustiano dos Reis, herói da Guerra do Paraguai.
Santos Ferreira deixou um diário, onde registrou inúmeros dados importantes para o conhecimento de fatos relativos à sua família.
Uma das principais artérias da cidade de Canoas, a  avenida Santos Ferreira,  recebeu o nome desse ilustre personagem de nossa história, ainda  pouco conhecido dos canoenses.  Tudo começou em 1895, quando a estrada que ligava a Aldeia dos Anjos, antigo nome do município de Gravataí, a Canoas, que na época era o 4º distrito de Gravataí. A estrada foi batizada de Santos Ferreira em homenagem àquele antigo proprietário de terras da Fazenda do Gravataí.  Fazenda cujas terras compreende o atual município de Canoas. A estrada da Aldeia fora antigo caminho de tropas nos primórdios do Rio Grande e em sua margem o tropeiro lagunista  Francisco Pinto Bandeira construiu seu rancho, sede da sua Fazenda do Gravataí, no atual Bairro Estância Velha.

José Joaquim dos Santos Ferreira em capa
da revista Província, uma publicação do extinto
 Banco da Provìncia do Rio Grande do Sul.




5 comentários:

  1. A internet tem dessas coisas, estou no Recife/Pernambuco e pesquisando sobre o Pai de minha Bisavó, encontrei este blog que tem informações sobre quem a algum tempo estudava.
    Meu Tri-avô, Francisco de Assis Pereira da Rocha, seguiu para o sul em missão dada pelo Imperador.
    Hoje, 2014, encontro mais detalhes, e que detalhes, sobre a minha origem.

    Parabens!!!

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  2. Prezadissimo Dari José Sari, Após contato telefonico e observando melhor o texto sua publicação sobre o José Joaquim dos Santos Ferreira, tgem umtrecho seguinte: "Santos Ferreira deixou um diário, onde registrou inúmeros dados importantes para o conhecimento de fatos relativos à sua família."
    Pergunto, onde posso encontrar este diário? Ele tem registro na internet?
    Gostaria muito ter acesso a esse documento que trans as minhas origens e toda minha familia!
    Abraço fraterno.

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    1. Olá Germano
      Respondendo sua pergunta: Santos Ferreira deixou um diário, cujo original manuscrito encontra-se no Arquivo Histórico de Canoas. Não possuo cópia. Vou tentar conseguir uma cópia, pois é documento interessante.
      Abraço

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    2. Prezado Dari, em muito sua resposta me deixou contente e esperançoso poder ter mais subsídios para minha pesquisa.

      Aguardo ansiosamente. Enviarei, através seu e-mail, todos os meus endereços eletrônicos, telefones e endereço físico.

      Gratíssimo sua atenção. Abraços bem pernambucano!

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  3. Prezado Dari, quando repassei meu endereço do blog, equivoquei-me. Segue agora o correto:

    http://blogdogermanodorecife.blogspot.com.br/

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