domingo, 7 de novembro de 2021



 A importância das placas

Texto de Dari J. Simi
Placas de trânsito, de veículos, de nomes de ruas, número de casas, comemorativas , de monumentos, logotipos de empresas, de marcas de produtos, de publicidades, etc.
Placas são instrumentos com inscrições ou imagens indicativas e podem ser comemorativas ou de orientações. Geralmente são chapas ou folhas metálicas, de plástico, vidro, tabuleta, mármore ou granito. As placas de trânsito ajudam a garantir a segurança nas ruas e estradas. São padronizadas e instituídas por leis. Alertam condutores sobre obrigações, proibições ou restrições. As comemorativas são muito variadas e podem ser fixadas em monumentos, praças, logradouros, lugares históricos, pórticos, prédios históricos, museus, estádios esportivos, etc.
Os logotipos – são signos, representações gráficas, que identificam marcas ou empresas. As marcas famosas, mundialmente conhecidas, se utilizam de placas para divulgar seus logotipos, facilmente identificados. Exemplos: MacDonald’s, Nike, Adidas, Volkswagen, Shell, Toyota, Coca Cola, Pepsi Cola, etc.
Placas esmaltadas – são confeccionadas em ferro e recebem aplicações de esmalte. São muito utilizadas em nomes de ruas, praças, número de casas, monumentos, placas comemorativas, etc.
São também importantes os outdoors, grandes placas ao ar livre, para divulgação ou propaganda de produtos comerciais, propaganda política, etc.
Muitas placas são colecionáveis e são bastante procuradas como objetos de decoração. Algumas são lindas, principalmente as antigas e de grandes empresas como, Coca Cola e Pepsi Cola. Hoje existem empresas que as reproduzem para comercialização.
Para ilustrar este artigo fotografei algumas placas de minha coleção.

Placa de cobre com letras esmaltadas. 
Pertenceu ao escrivão de órfãos, década de 1920, 
João Francisco Xavier Müssnich. 
Viveu na cidade de Lajeado, RS

A rua Paraiba fica no bairro Mathias Velho, Canoas, RS


A Rua Comendador Eduardo Secco fica em Porto Alegre.
 Eduardo Secco foi empresário do ramo
 de ferramentas gerais na década de 1920.


Placa esmaltada de número de residência

Placa esmaltada indicativa de obra construida pelo
 prefeito do município de Rio Pardo, RS,
 Cap. Lauro de Quadros Custódio

Antiga placa de veículo de Montevideo, Uruguai

Antiga placa de veículo argentino.

Antiga placa esmaltada de assinante de guarda noturno particular

Antiga placa de bronze de locomotiva americana

Antiga placa de bronze de cofre da fábrica 
Berta, de Porto Alegre

Clichê - placa de metal, geralmente de zinco,
 gravada fotomecanicamente em relevo, obtida 
por meio de estereotipia ou fotogravura, 
destinada à impressão de imagens e textos em prensa tipográfica.

Antiga placa de bronze de balança Filizola

Plaquinhas de marcas conhecidas mundialmente 
- Chrysler, Ford, Lee Riders, Monark e Singer



























sexta-feira, 10 de setembro de 2021

 

CAMPANHA DA LEGALIDADE – 1961
Texto de Dari J. Simi
O Rio Grande do Sul comemora hoje (25.08.2021) os 60 anos da Campanha da Legalidade, que ocorreu em 1961.
O que foi a Legalidade ?: O Casarão da Duque de Caxias, de Porto Alegre, antiga sede da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, viveu alguns dias agitados da sua história em meados de 1961. Uma sessão permanente do Parlamento gaúcho, presidida pelo deputado Hélio Carlomagno, respaldou, desde o dia 25 de agosto e até 11 de setembro de 1961, o chamado Movimento da Legalidade, liderado pelo governador Leonel Brizola.
Graças ao clima institucional favorável que uniu as instituições e poderes, o próprio Comando do III Exército e principalmente a população mobilizada na Praça da Matriz, no centro da capital gaúcha, foi garantida a posse do vice-presidente João Goulart na Presidência da República, em Brasília, após a renúncia do Presidente Jânio Quadros, depois de dias de tensão que se prolongaram até 7 de setembro.
Abrigados pela bandeira reacionária de uma alegada necessidade de combater a expansão do comunismo no país, os comandantes militares do Exército, Marinha e Aeronáutica e a parte mais conservadora da sociedade brasileira investiam fortemente contra reformas programadas pelo governo trabalhista.
Os deputados estaduais gaúchos movimentavam-se intensamente entre o Casarão da Duque de Caxias e o prédio lindeiro, o Palácio Piratini, onde Brizola, seu secretariado, assessores e jornalistas, também mantinham-se entrincheirados e armados, protegidos por barricadas de sacos de areia, sob a guarda da Brigada Militar e resistindo a ameaças de tanques de guerra e ataques aéreos, como mostram as fotografias que ilustram este artigo.
Todas as fotos aqui postadas fazem parte de meu acervo particular.

Capa de livro

Capa de livro

Capa de livro



Capa de livro








Página de jornal




























 O TEMPO E O VENTO

Os grandes homens que elegemos por suas obras culturais, técnicas ou filosóficas, não morrem nunca, permanecem eternamente para as futuras gerações. Assim, penso que os atores Tarcisio Meira, o Capitão Rodrigo Cambará, e Paulo José, permanecerão para sempre na memória das novas gerações.
Tenho em meu acervo algumas fotos que adquiri na época do lançamento da minissérie O Tempo e o Vento (1985), da Rede Globo, obra do escritor gaúcho Érico Veríssimo. Nesta minissérie atuaram Tarcisio Meira e Paulo José Gomez de Sousa, entre outros grandes atores.















domingo, 8 de agosto de 2021

 


LAMPIÃO A QUEROSENE KOSMOS BRENNER
Antigo lampião a querosene que pertenceu à estação Jacuí, da antiga linha ferroviária que ligava Porto Alegre a Uruguaiana. O lampião tem a seguinte marcação “VFRGS of teleg Jacui N 278”, abreviado oficina telegráfica.
A ESTAÇÃO: A estação de Jacuí foi inaugurada em 1885 pela E. F. Porto Alegre-Uruguaiana. Teve muito mais importância no início, quando foi ali que se instalaram as oficinas telegráficas da ferrovia e também um depósito de locomotivas.Em 1960 isso já não funcionava mais.
Os trens de passageiros deixaram de passar por ela em 1996, mas a estação já estava provavelmente desativada na época. Hoje o prédio encontra-se em ruínas no município de Restinga Seca.
HISTÓRICO DA LINHA: A E. F. Porto Alegre-Uruguaiana foi aberta como empresa federal em 1883, ligando Santo Amaro (Amarópolis) a Cachoeira (Cachoeira do Sul). Para se ir de Santo Amaro a Porto Alegre utilizava-se a navegação fluvial no rio Jacuí. Em 1898 foi encampada pela Cie. Auxilaire, empresa belga, e em 1905 passou a ser a linha-tronco da VFRGS, ainda administrada pelos belgas. Em 1907, os trilhos atingiram finalmente Uruguaiana, na fronteira com a Argentina. Somente em 1911, a construção da linha Santo Amaro-Barreto-Montenegro possibilitou a ligação da longa linha com a Capital, utilizando-se parte da antiga linha Porto Alegre-Novo Hamburgo. Em 1920, a linha tornou-se estatal novamente. Em 1957 foi encampada pela RFFSA. Durante os seus anos de operação foram construídas algumas variantes, para encurtar tempos e distâncias, eliminando algumas estações de sua linha original. Em 1938, a variante Diretor-Pestana-Barreto diminuiu a linha em 50 km. Em 2 de fevereiro de 1996, deixaram de rodar os trens de passageiros pela linha, que, hoje transporta os trens cargueiros da concessionária ALL desde esse mesmo ano.






























 


26 DE JULHO, DIA DOS AVÓS
Canto aos Avós
Poema do grande escritor
gaúcho Apparicio Silva Rillo
Os avós eram de carne e osso.
Tomavam mate, comiam carne com farinha,
campereavam.
Sopravam a chama dos lampiões, dormiam cedo.
Os avós tinham braços e pernas e cabeça
(olhai os seus retratos nas molduras).
Laçavam de todo o laço, amanuseavam potros,
fumavam grossos palheiros de bom fumo
e amavam seus cavalos que rompiam ventos
e bandeavam arroios como um barco ágil.
Usavam lenços sob a barba espessa
e o barbicacho lhes prendia ao queixo
sombreiros negros para a chuva e sóis.
Palas de seda para as soalheiras,
ponchos de lã quando a invernia vinha.
Tinham impérios de flechilha e trevo
e famílias de bois no seu império.
E eram marcas de fogo os seus brasões.
Charlavam de potreadas e mulheres,
de episódios de adaga contra adaga,
do tempo, das doenças, das mercâncias
de gado gordo para os saladeiros.
Tinham homens a seu mando, os avós.
No quartel rude dos galpões campeiros
- enseivados de mate e carne gorda -
os empíricos soldados madrugavam
na luz das labaredas de espinilho
que era sempre o primeiro sol de cada dia.
Honravam os avós a cor dos lenços:
- a seda branca dos republicanos,
o colorado dos federalistas.
E morriam por eles, se preciso,
- coronéis de milícias bombachudas
acordando tambores nos varzedos
no bate casco das cavalarias.
Nas largas camas de cambraias alvas
vestindo o corpo da mulher mocita,
juntavam carnes no silêncio escuro
pautado por suspiros que morriam
no contraponto musical dos grilos...
Os avós eram de carne e osso.
Tinham braços e pernas e cabeça,
artérias, nervos, coração e alma.
Humanos como nós, os velhos tauras,
mas de bronze e de ferro nos parecem
esses campeiros que fizeram história.
Estátuas vivas de perenidade
nos pedestais do tempo e da memória.



Jerônimo Quintana da Silva e Mariana Amaral da Silva

Família de Francesco Brocardo


Família de Piero Della giustina










terça-feira, 27 de julho de 2021


 

25 DE JULHO, DIA DO IMIGRANTE
Hoje, 25 de julho, comemora-se o Dia da Imigração Alemã no Brasil.
Um pequeno grupo de imigrantes alemães chegou ao Brasil no ano de 1824.
O grupo foi instalado na Real Feitoria do Linho Cânhamo,
núcleo inicial da atual cidade de São Leopoldo.
Monumento: Localizado na praça do Imigrante,
à margem do Rio dos Sinos, o Monumento do Imigrante
foi construído em 1924, em comemoração ao centenário da imigração.
O IMIGRANTE
Poema de Dari J. Simi
Eu vim de um mundo distante
Do outro lado do oceano
Para abrir caminhos novos
Plantar sonhos e esperanças.
Eu vim em busca de terra
Me deram enxada e facão.
Saudades trouxe comigo
Naveguei prá ter o pão.
Quantos amigos deixei
Talvez um dia encontrar,
Não passam de ilusões,
Vim de longe navegar.
Amigos, quantos amigos
Nunca mais verei, irmãos.
Os prazeres que encontrei,
Suor e calos nas mãos.
Serrania e terra bruta,
Trabalho e solidão.
Amarrei o meu destino
Nos casco do alazão.
Carovi e o pintado,
Os bois de puxar arado,
Madeiras para o meu rancho,
Moirões para o aramado.
Moinho com água da sanga
A produzir a farinha,
No terreiro a bicharada,
Pato, marreco, galinha.
Uma venda ou bolicho
Prá repartir produção
Entre os amigos da roça,
Arroz, farinha , feijão.
Vencidos os primeiros anos
Prosperou a comunidade,
Os filhos foram crescendo,
estudando na cidade.
Colônias, hoje são marcos
De amor e prosperidade,
Gerações de descendentes,
Orgulho do nosso Estado.

domingo, 11 de julho de 2021

 

CAÇADA DE ONÇA

Poema de Dari J. Simi

A história é verdadeira ,  os personagens são fictícios. O fato aconteceu no Cerro de São Miguel, no município de Jaguari, em 1964, quando foi descoberta uma onça pintada que estava  atacando bezerros.  A descrição da caçada encontrei no livro “Boca da Picada – raízes e história – Jaguari – 1º distrito”, do autor Hermes Bressan.

A história de Jaguari relata que desde a época das Missões Jesuíticas a região já era infestada de onças, causando dificuldades aos índios guaranis, habitantes primitivos, e depois aos primeiros colonos que ali foram se fixando a partir do final do século XIX, mais precisamente em 1889, quando foi fundada oficialmente Jaguari.

A escolha do nome da cidade ficou sendo Jaguari devido ao mesmo nome do rio (jaguar-y ) ou rio do jaguar, como eram chamadas as onças, também conhecidas por tigres.

 

 

CAÇADA DE ONÇA

 

Lá pras bandas da chapada

Do cerro de São Miguel

Tem morada uma onça

Que não se pega em mundéu.

 

A caçada ficou certa

Reúnem-se os moradores

Uns na Boca da Picada

Outros no flanco das torres.

 

Convidei os meus amigos

O Chicão e o Pedroso,

O Dorval me disse logo,

Vamos levar o Barroso.

 

Munição e a garrucha

Inocêncio diz que leva

Pra pegar o bicho fera

Se fugir pelas macegas.

 

Os peraus do São Miguel

O Zequinha bem conhece.

Sete furnas o maleva

Se esconde e amanhece.

 

O Bento foi convidado

Para ajudar na refrega.

Segundo a vizinhança,

O bichano não se entrega.

 

O Dofito diz que tem

Um facão bem afiado

Prá tirar o couro a talho

Quando saltar o pintado.

 

Na toca do paredão,

Num rugido pavoroso,

O Maneco não se assusta

Já laçou touro manhoso.

 

De espingarda taquari

O velho do Rancho Fundo

Foi chegando de mancito

Indagando a todo mundo:

 

Como querem que o felino

Saia logo do perau?

Botem toda a cachorrada

Pela sanga, que dá vau!

 

Com latido da matilha

Acuado fica o bicho.

Muita bala atinge a rocha

Mas nenhuma acerta o nicho.

 

Zé do Mato, valentão,

De pistola na cintura

Escala a pedra do penhasco

E termina a captura.