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CAÇADA DE ONÇA
Poema de Dari J. Simi
A história é verdadeira , os personagens são fictícios. O fato aconteceu no Cerro de São Miguel, no município de Jaguari, em 1964, quando foi descoberta uma onça pintada que estava atacando bezerros. A descrição da caçada encontrei no livro “Boca da Picada – raízes e história – Jaguari – 1º distrito”, do autor Hermes Bressan.
A história de Jaguari relata que desde a época das Missões Jesuíticas a região já era infestada de onças, causando dificuldades aos índios guaranis, habitantes primitivos, e depois aos primeiros colonos que ali foram se fixando a partir do final do século XIX, mais precisamente em 1889, quando foi fundada oficialmente Jaguari.
A escolha do nome da cidade ficou sendo Jaguari devido ao mesmo nome do rio (jaguar-y ) ou rio do jaguar, como eram chamadas as onças, também conhecidas por tigres.
CAÇADA DE
ONÇA
Lá pras bandas da chapada
Do cerro de São Miguel
Tem morada uma onça
Que não se pega em mundéu.
A caçada ficou certa
Reúnem-se os moradores
Uns na Boca da Picada
Outros no flanco das torres.
Convidei os meus amigos
O Chicão e o Pedroso,
O Dorval me disse logo,
Vamos levar o Barroso.
Munição e a garrucha
Inocêncio diz que leva
Pra pegar o bicho fera
Se fugir pelas macegas.
Os peraus do São Miguel
O Zequinha bem conhece.
Sete furnas o maleva
Se esconde e amanhece.
O Bento foi convidado
Para ajudar na refrega.
Segundo a vizinhança,
O bichano não se entrega.
O Dofito diz que tem
Um facão bem afiado
Prá tirar o couro a talho
Quando saltar o pintado.
Na toca do paredão,
Num rugido pavoroso,
O Maneco não se assusta
Já laçou touro manhoso.
De espingarda taquari
O velho do Rancho Fundo
Foi chegando de mancito
Indagando a todo mundo:
Como querem que o felino
Saia logo do perau?
Botem toda a cachorrada
Pela sanga, que dá vau!
Com latido da matilha
Acuado fica o bicho.
Muita bala atinge a rocha
Mas nenhuma acerta o nicho.
Zé do Mato, valentão,
De pistola na cintura
Escala a pedra do penhasco
E termina a captura.