JOSÉ JOAQUIM DOS SANTOS FERREIRA
Pesquisa: Dari José Simi
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Imagem do arquivo de Dari José Simi
José Joaquim dos Santos Ferreira
nasceu em Portugal a 12 de setembro de 1801, em Vila de Chaves, província
portuguesa de Trás-os-Montes. Aos 13
anos, desembarcou em Porto Alegre, onde residiu por pouco tempo. Viajou para a
Província do Maranhão, onde passou alguns anos exercendo a atividade de
caixeiro-viajante. Regressando novamente ao Rio Grande do Sul ajudou a fundar o
Banco da Província, em reunião realizada a 6 de abril de 1854, na residência de
José Luís Cardoso de Sales, onde estiveram presentes, José Joaquim dos Santos
Ferreira, Antero Henrique da Silveira,
José Dias de Souza, José Inocêncio Pereira, José Pedro Alves, Joaquim Mendes
Ribeiro, William Macrae, Mac Gahen, José Hebert, Manoel Soares Lisboa e José
Domingos dos Santos. Foi aí deliberado
redigir uma exposição acerca dos motivos e vantagens da iniciativa, a ser lida
em reunião ulterior, para a qual se convidaria maior número de possíveis
interessados. Coube o encargo de redigir
a exposição a José Joaquim dos Santos Ferreira, que dele se desincumbiu.
A 30 de abril de 1854, em assembléia
destinada a tornar-se histórica, foi resolvida a fundação do estabelecimento de
crédito que viria a ser o Banco da Província do Rio Grande do Sul. O banco só veio a ser fundado oficialmente em 1858.
No ano de 1838, José Joaquim dos
Santos Ferreira casou-se com Maria Luiza da Silva Freire e foi através dela que
se ligou a Canoas. Maria Luiza era filha de Vicente Ferrer da Silva Freire e
Rafaela Pinto Bandeira, proprietários da Fazenda do Gravataí. Santos Ferreira tomou posse destas terras por
direito de herança de sua esposa em 1861. Entre 1861 e 1879, data de sua morte,
residiu no Passo do Gravataí, próximo ao Arroio da Brigadeira. Existem muitos documentos “assinados” pela Câmara Municipal de Porto
Alegre e por Santos Ferreira, o qual explorava “passagens do Passo do
Gravataí”, local que dava acesso à Estrada da Aldeia (Aldeia dos anjos, atual Gravataí).
O casal teve 13 filhos: Ana dos Santos Ferreira, nascida em 1839,
casada com Dr. Justo de Azambuja Rangel;
Josefa Eulália dos Santos Ferreira, nascida em 1840, casada com Augusto
Batista Pereira, filho do Barão do Gravataí; Maria Luiza Ferreira, nascida em
1842, casada com José Silveira Neto; Leonor Ferreira, nascida em 1844 e
falecida em 1926, casada em primeiras núpcias em 1863 com José de Souza e Silva
Filho. Casou em segundas núpcias com Manoel Gomes Ribeiro; Elisa dos Santos
Ferreira, nascida em 1845, casada em 1862 com João de Assis Pereira Rocha; Clara dos Santos Ferreira, nascida em 1846, casada
com Boaventura Augusto dos Reis, viúvo de Amélia dos Santos Ferreira; Amélia dos Santos Ferreira, nascida em 1847 e
falecida em 1866, casada com Boaventura Augusto dos Reis, em 1864; José dos Santos Ferreira, nascido em 1849,
casado com Flora de Lima; Álvaro dos Santos Ferreira, nascido em 1854 e
falecido em 1864; Alberto Virgilio
Ferreira, nascido em 1855, casado com Dorotéia Davina Chagas; Pedro dos Santos
Ferreira, nascido em 1859; Rafael Pinto
Bandeira Ferreira, nascido em 1862 e falecido em 1939, casado com Honorina
Úrsula de Souza Feijó, em 1883; Olavo
Plácido Ferreira, nascido em 1864 e falecido em 1940, casado com Maria Thompson
dos Reis, nascida em 1873, filha do General José Salustiano dos Reis, herói da
Guerra do Paraguai.
Santos Ferreira deixou um diário,
onde registrou inúmeros dados importantes para o conhecimento de fatos
relativos à sua família.
Uma das principais artérias da
cidade de Canoas, a avenida Santos
Ferreira, recebeu o nome desse ilustre
personagem de nossa história, ainda
pouco conhecido dos canoenses.
Tudo começou em 1895, quando a estrada que ligava a Aldeia dos Anjos,
antigo nome do município de Gravataí, a Canoas, que na época era o 4º distrito
de Gravataí. A estrada foi batizada de Santos Ferreira em homenagem àquele
antigo proprietário de terras da Fazenda do Gravataí. Fazenda cujas terras compreende o atual
município de Canoas. A estrada da Aldeia fora antigo caminho de tropas nos
primórdios do Rio Grande e em sua margem o tropeiro lagunista Francisco Pinto Bandeira construiu seu
rancho, sede da sua Fazenda do Gravataí, no atual Bairro Estância Velha.