O AUTOR E EDITOR DO ALMANAQUE LITERÁRIO E ESTATÍSTICO DO RIO
GRANDE DO SUL
Editado anualmente por Alfredo Ferreira Rodrigues, em Pelotas
e Rio Grande: Typographia da Livraria Americana, de Carlos Pinto & Cia.,
entre os anos de 1889 até 1917. Foram 29 edições.
Destinava-se à divulgação cultural, literária e
de entretenimento do público leitor em geral, servindo à difusão da leitura
. Continha, entre outros assuntos de interesse da época, calendários,
estatísticas, biografias, charadas, poesias e ensaios históricos.
Alfredo
Ferreira Rodrigues, nasceu no dia 12 de setembro de 1865, no distrito de Povo Novo,
município de Rio Grande, faleceu em Pelotas no dia 8 de março de 1942, com 77
anos.
Exerceu ao longo da vida várias atividades, como professor,
comerciante, industrialista e viajante comercial.
Em plena juventude revelou seu apurado gosto pela literatura. Foi
revisor da Livraria Americana, em Pelotas, em 1887, e gerente da mesma até
1910.
Mais tarde, em Pelotas, foi redator do jornal A PENA; do jornal A
PÁTRIA e redator de O NACIONAL.
Alfredo Ferreira Rodrigues foi pesquisador, ensaísta, historiador
da Revolução Farroupilha, cronista, poeta, jornalista, biógrafo, tradutor,
folclorista e poeta.
No ano de 1901, foi co-fundador da Academia Rio-Grandense de
Letras, e desde o início ocupou a Cadeira de n° 21, que a honrou e a
engrandeceu sobremaneira.
Pelo seu generoso e profundo espírito associativo integrou a
várias entidades de caráter cultural.
Todos os que se dedicam à historiografia sul-rio-grandense
encontram dados preciosos nas obras do Dr. Alfredo Ferreira Rodrigues.
Pesquisou com paciência beneditina, arquivos, jornais, manuscritos, documentos
epistolares, livros, tornando público o resultado da garimpagem e interpretação
desse manancial analisado. E tudo ele publicou, até 1917, no seu Almanaque Literário e Estatístico do Rio
Grande do Sul, tornando-se uma coleção valiosa e imperecível.
Por devotar permanente amor e acatamento à sua terra natal, Rio
Grande, foi o maior incentivador da iniciativa para edificar um monumento que
levasse à posteridade o general Bento Gonçalves da Silva. E lá está a escultura
como perene lembrança às gerações que se sucedem no cadinho da vida e da
História.
Com verdadeiro devotamento à causa da cultura, elaborou inúmeras
biografias de célebres vultos do nosso passado, quer na política, quer na
história, quer na intelectualidade, contribuindo, assim, decisivamente no
resgate dos fatos, dos homens e dos acontecimentos e, como tal, deixou um
legado convincente e duradouro.
Seu imenso acervo histórico-cultural, encontra-se hoje no
Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul, que permanecerá como testemunho vivo ao
longo do tempo e para o deleite de todos quantos amam sua terra, sua gente, sua
história.
Em Rio Grande foi erguido um busto, inaugurado a 12 de setembro de
1965, em homenagem ao transcurso do seu centenário de nascimento.
Do Almanaque Literário e Estatístico do Rio Grande do Sul,
possuímos alguns exemplares em nossa biblioteca.